quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Jornais gratuitos e o GreenDay

Já alguma vez acordaram a pensar que aquele seria apenas mais um dia, um dia entre muitos outros, que começa praticamente da mesma maneira que irá acabar: cansados. Cansados porque a noite anterior foi de borga e só dormiram uma maravilhosa 1h ou cansados porque tiveram que começar/acabar na noite anterior um trabalho chato (que já deveria estar feito há mais de 1 mês, mas que curiosamente um dia antes ainda vai ser começado) ou simplesmente cansados porque tiveram de acordar daquele sonho delicioso onde fantasias misturam-se facilmente com os nosso desejos e que por mais que tentassem voltar a fechar os olhos com toda a força do mundo, depois de acordar, com muita pena (e um pouco de baba a vidrar um sorriso abafado) já não deu pra voltar ao sonho.
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Pois é amigos, eu tive um desses dias muito recentemente (e não , não vou dizer qual o meu motivo de acordar cansado!) mas curiosamente quando cheguei à estação de metro fui buscar um jornal dos gratuitos para tornar a viagem até à FCT mais agradável e foi com grande surpresa que encontrei um jornal editado em folhas completamente verdes (mas um verdinho ao mesmo tempo conservador e deliciosamente sexy!) e conforme fui lendo ávidamente cada página percebi que era uma edição especial do jornal Metro dedicado à grande causa ambiental, mais especificamente, um tributo ao Dia Verde. Foi super interessante pegar num jornal pelo qual não paguei um único cêntimo e encontrar centenas de dicas sobre como não gastar tanto o ambiente, um coluna assinada pelo actual Nobel da Paz e entre publicidade (hey, um jornal tem que sobreviver de alguma maneira, certo?) encontrei um artigo sobre a maior central fotovoltaica do mundo cá mesmo em terras lusas, mais precisamente em Serpa! Foi uma experiência simples mas curiosamente extremamente gratificante!
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Nessa mesma noite, antes de voltar pra cama e tentar continuar o tal sonho inacabado, resolvi ver na net mais sobre essa iniciativa do jornal Metro e acreditam que descobri que Portugal esteve em destaque por todo o mundo com o artigo sobre Serpa a ser publicado nos 21 países nos quais circula o jornal? Pois é, a iniciativa era global e para o nosso país era mesmo muito bom!
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Agora imaginem os anos 80 quando tanto se reivindicava o livre acesso à informação e muitos jovens visionários foram penalizados por isso, uns anos depois quando o ambiente assume o papel de prima donna no cenário de preocupações humanas, um jornal gratuito que já está em força em mais de 100 cidades de 21 países, com mais de 8,6 milhões de cópias diárias, teria um papel tão importante na divulgação dos problemas ambientais e de maneiras de intervir.. nem que seja apenas saber que eles existem e estão pra durar..
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É espantoso, não é?

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