Boas pessoal,
espero que estejam a ter uma óptima recuperação do trauma quase "pós-guerra" causado devido aos devaneios computacionais dos últimos dias! Bem, mudando de assunto e também porque estou extremamente cansado depois de uma espera de 40mn à 1h da manhã por um autocarro pelo qual anseio mais que apareça do que ansearia por uma lata de Pepsi (e não me perguntem, porquê Pepsi e não um daqueles tanques dos bombeiros a transbordar de água, com uma mão cheia de sereias jeitosas a tentar seduzir-me!) se estivesse em pleno Sahara. Já alguma vez pensaram na importância de uma folha? Em como tão facilmente pisamos uma folha caída à beira da estrada ou pura e simplesmente nem sequer paramos para olhar e ver como elas caem graciosamente de uma árvore qualquer, num jardim qualquer de uma cidade qualquer, perdida num continente qualquer, neste planeta que chamamos nosso? Pois bem caros amigos, colegas, desconhecidos (que eu espero queiram vir a ser conhecidos!) eu cá posso dizer que quiseram fazer de mim mestre no conhecimento do funcionamento das folhas. Despiram-nas completamente ao microscópio, num verdadeiro atentado ao pudor e bons costumes, falaram-me do grande trabalho delas.. uma labuta incessante a fazer a fotossíntese que a muitos agrada e no entanto, para minha tristeza, nunca aprendi a sua verdadeira importância.
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Pois é. uma folha.. frágil, silenciosa e no entanto tão importante. Haverão certamente os que pensarão que a própria alusão à importância na insignificância de uma pequena folha é obra da loucura (a minha por sinal..) mas porque é ela importante? O que a torna tão especial? Pois amigos, eu cá digo que a verdadeira importância da folha não está de modo algum na percepção humana do que é ou não importante. Ela nasce e vive com um único propósito: manter-nos vivos! Não será isso importante? Enquanto estabelecemos protocolos (que ainda estou para ver se terão realmente alguma utilidade a não ser justificar os empregos de uma mão cheia de pessoas..), falamos de metas num dia para as esquecer no dia seguinte, enquanto uns negam o óbvio agarrados a justificações não menos fictícias do que uma própria ficção cor de rosa, há algo que podemos ter sempre a certeza: eu respiro e liberto carbono, eu ando de carro e liberto carbono, eu cozinho (e cozinhar no sentido mais vasto possível, claro! no meu caso fritar batatas, estrelar ovos, etc. nada de mto extravagante mas que continuo a considerar uma grande vitória!) e liberto carbono.. dos milhares de milhões de pessoas que libertam carbono de que forma for, temos dezenas de milhares de milhões de folhas a dar um fim a esse carbono.. temos dezenas de milhares de milhões de folhas pequenas, grandes, perenes, caducas, verdes, menos verdes, gordas, magras, o que quer que seja, a certificarem-se que ainda temos um ar respirável e que ainda o conseguimos respirar.
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Estamos a facilitar o trabalho e a vida às folhas? Longe disso.. Temos fazendeiros, com botas de couro a segurar calças que sinceramente precisam de um cinto a segura-las, (isso sim é um verdadeiro atentado ao pudor e bons costumes!) que matam milhares de folhas para criar centenas de vacas, temos madeireiros que matam milhares de folhas para fazer centenas de tábuas e ainda por cima temos quantidades industriais de pessoas a emitir cada vez mais e mais carbono e a querer emitir ainda mais. O que podemos e devemos fazer pergunto eu.
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A alusão à importância na insignificância de uma pequena, frágil folha.. pura loucura, certo?
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