quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Análise Custo-Benefício

Hoje desenvolveu-se, no âmbito da cadeira de Economia Ecológica, uma actividade de aplicação prática dos conceitos e técnicas de avaliação económica de bens e serviços ambientais. Distribuímo-nos em grupos de 3 alunos e, sendo cada tema escolhido por dois grupos, tivemos de seleccionar um ecossistema.
Cada grupo apresentou uma análise crítica e discussão de um relatório (efectuado por alunos que frequentaram esta cadeira o ano passado), onde foram apresentadas propostas para a avaliação económica dos bens e serviços do ecossistema seleccionado. A análise e discussão do tema cada grupo focou-se nos seguintes aspectos:
- componentes do valor económico total (VET) desse ecossistema;
- metodologias de avaliação económica propostas para estimar o valor económico das componentes de uso e não-uso associadas a benefícios do ecossistema.
O meu grupo fez a análise crítica do relatório “ Rios e Lagos”, sendo precedido pela análise realizada por outro grupo sobre o mesmo relatório. No fim, o professor colocou-nos questões (algumas complicadas devido a esta análise implicar um conhecimento variado de vários assuntos ambientais e económicos). Apesar da pressão gerada pelo curto tempo que tive de preparação e apesar das poucas horas dormidas, achei esta actividade muito interessante pois baseou-se numa análise que se torna vantajosa em inúmeros casos, como por exemplo, na implementação de projectos em ecossistemas vulneráveis, utilização de um recurso, etc.
Um ecossistema, apresenta inúmeros bens/serviços que têm, de algum modo, serem valorizados para que sejam mantidos os valores de uso e os valores de não-uso. Tanto a geração presente como a geração futura têm os mesmos direitos à utilização de um bem que tem associado a ele benefícios e custos.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Divagações.. um ensaio sobre o nada.

Boas pessoal,
espero que estejam a ter uma óptima recuperação do trauma quase "pós-guerra" causado devido aos devaneios computacionais dos últimos dias! Bem, mudando de assunto e também porque estou extremamente cansado depois de uma espera de 40mn à 1h da manhã por um autocarro pelo qual anseio mais que apareça do que ansearia por uma lata de Pepsi (e não me perguntem, porquê Pepsi e não um daqueles tanques dos bombeiros a transbordar de água, com uma mão cheia de sereias jeitosas a tentar seduzir-me!) se estivesse em pleno Sahara. Já alguma vez pensaram na importância de uma folha? Em como tão facilmente pisamos uma folha caída à beira da estrada ou pura e simplesmente nem sequer paramos para olhar e ver como elas caem graciosamente de uma árvore qualquer, num jardim qualquer de uma cidade qualquer, perdida num continente qualquer, neste planeta que chamamos nosso? Pois bem caros amigos, colegas, desconhecidos (que eu espero queiram vir a ser conhecidos!) eu cá posso dizer que quiseram fazer de mim mestre no conhecimento do funcionamento das folhas. Despiram-nas completamente ao microscópio, num verdadeiro atentado ao pudor e bons costumes, falaram-me do grande trabalho delas.. uma labuta incessante a fazer a fotossíntese que a muitos agrada e no entanto, para minha tristeza, nunca aprendi a sua verdadeira importância.
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Pois é. uma folha.. frágil, silenciosa e no entanto tão importante. Haverão certamente os que pensarão que a própria alusão à importância na insignificância de uma pequena folha é obra da loucura (a minha por sinal..) mas porque é ela importante? O que a torna tão especial? Pois amigos, eu cá digo que a verdadeira importância da folha não está de modo algum na percepção humana do que é ou não importante. Ela nasce e vive com um único propósito: manter-nos vivos! Não será isso importante? Enquanto estabelecemos protocolos (que ainda estou para ver se terão realmente alguma utilidade a não ser justificar os empregos de uma mão cheia de pessoas..), falamos de metas num dia para as esquecer no dia seguinte, enquanto uns negam o óbvio agarrados a justificações não menos fictícias do que uma própria ficção cor de rosa, há algo que podemos ter sempre a certeza: eu respiro e liberto carbono, eu ando de carro e liberto carbono, eu cozinho (e cozinhar no sentido mais vasto possível, claro! no meu caso fritar batatas, estrelar ovos, etc. nada de mto extravagante mas que continuo a considerar uma grande vitória!) e liberto carbono.. dos milhares de milhões de pessoas que libertam carbono de que forma for, temos dezenas de milhares de milhões de folhas a dar um fim a esse carbono.. temos dezenas de milhares de milhões de folhas pequenas, grandes, perenes, caducas, verdes, menos verdes, gordas, magras, o que quer que seja, a certificarem-se que ainda temos um ar respirável e que ainda o conseguimos respirar.
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Estamos a facilitar o trabalho e a vida às folhas? Longe disso.. Temos fazendeiros, com botas de couro a segurar calças que sinceramente precisam de um cinto a segura-las, (isso sim é um verdadeiro atentado ao pudor e bons costumes!) que matam milhares de folhas para criar centenas de vacas, temos madeireiros que matam milhares de folhas para fazer centenas de tábuas e ainda por cima temos quantidades industriais de pessoas a emitir cada vez mais e mais carbono e a querer emitir ainda mais. O que podemos e devemos fazer pergunto eu.
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A alusão à importância na insignificância de uma pequena, frágil folha.. pura loucura, certo?

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Simulação de uma Participação Pública

Enquanto continua a batalha com os trabalhos, hoje organizou-se também uma actividade interessante na aula de MIPD (Métodos Interactivos de Participação e Decisão). O objectivo era simular uma Participação Pública em que os alunos interpretavam os vários intervenientes num caso de estudo era bem real. Para além das partes interessadas como técnicos, políticos, população, ONGS e empresários, quatro alunos foram destacados para agirem como facilitadores. Para esses alunos as professoras guardavam algumas surpresas... Enquanto os moderadores estavam fora da sala a receber instruções de como se deviam comportar, alguns dos restantes alunos receberam instruções para fazer a vida negra aos facilitadores em determinada altura do processo. Assim, surgiu a personagem que atende o telemóvel durante a participação pública, os dois amigos que passam o tempo todo à conversa, o indivíduo que discorda de todo o processo e da metodologia usada, a personagem que não se consegue integrar no seu grupo de trabalho, o técnico que demora uma eternidade a apresentar as suas ideias e não se cala... entre outros... Felizmente que os moderadores estiveram quase sempre à altura do desafio (quase! um deles ia expulsando o presidente da câmara do processo...eheheheh) e lidaram com estas personagens difíceis com a calma necessária.
No fim chegou para darmos todos umas boas gargalhadas e chegar a várias conclusões relativamente a quais seriam as mais importantes medidas a aplicar no caso de estudo analisado (e isto em apenas 3 horas!).

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Visita às Instalações da Climaespaço e da Envac

A Climaespaço em colaboração com a Elyo, desenvolveu um projecto de redes urbanas de produção conjunta de frio, calor e energia eléctrica – a Trigeração, e entre outros benefícios, a rede proporciona ao cliente conforto térmico, redução de impacto ambiental e redução do consumo de energia primária.
A Envac é uma empresa multinacional, cuja actividade é a criação de sistemas de recolha automática de resíduos domésticos e comerciais através de redes subterrâneas.
Assim, no próximo dia 11 de Dezembro, será realizada uma visita às instalações da Climaespaço e da Envac, no Parque das Nações, em Lisboa. As inscrições são em número limitado e até ao dia 7 de Dezembro de 2007, inclusive.
Para se obter mais informações sobre esta visita ( programa, taxa de inscrição, informações e forma de inscrição) ver: http://www.ordemengenheiros.pt/

domingo, 25 de novembro de 2007

Por entre trabalhos e tese...(Tese?...Já??)

Tumultuosa... Possivelmente o melhor adjectivo para descrever a semana...
Com dois trabalhos de MIPD, um de GAO e um de SIMA para fazer e um tema de tese para escolher não houve nem tempo nem cabeça para mais nada... do inicio da semana ao fim fez-se o possível e o impossível para conjugar horários, organizar ideia, distribuir objectivos, e trabalhar... trabalhar bastante para cumprir os prazos e entregar algo de qualidade aos professores... e verdade seja dita... isso foi o mais fácil da semana... a escolha do tema de tese assombrou até os sonhos da noite... sem saber qual a área que realmente mais gosto ou aquela que mais oportunidades me traria no futuro, imaginei-me em infinitos papéis, vivendo só nesta semana milhares de vidas e carreiras... não houve muitas que me tenham desagradado... mas a importância que esta decisão pode ter deixou-me sempre a questionar a viabilidade de qualquer uma dessas vidas... uma tempestade num copo de água? Não seria tão ligeiro assim mas admito que me possa estar a preocupar em demasia... de qualquer das maneiras também não consigo perceber como podemos ter tão pouco tempo para entregar um plano de tese, especialmente não sendo ainda este o semestre designado para a elaboração da mesma... parece que as férias do Natal também não vão passar de um sonho...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

trigeração

As centrais termoeléctricas convencionais convertem apenas 1/3 da energia do combustível em energia eléctrica. O restante são perdas sob a forma de calor. Um método para uma utilização mais racional da energia na produção de electricidade é a Cogeração de Calor e Energia Eléctrica, em que mais de 4/5 da energia do combustível é convertida em energia utilizável. A produção combinada de electricidade e calor pode aplicar-se à indústria e aos edifícios onde há necessidades de energia eléctrica e energia térmica. Há, contudo, necessidades de arrefecimento (ar condicionado) significativas durante os meses de Verão. A energia térmica proveniente de uma instalação de cogeração pode, neste caso, ser utilizada para produzir frio, através de um ciclo de absorção. Este processo “alargado” de cogeração é conhecido por trigeração.
Segundo o director do Departamento de Energias Renováveis do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), António Joyce, para além da microgeração como sendo a produção de calor e frio,existe a trigeração com um maior potencial devido ao facto de, a partir de um só sistema poder haver aglomeração de produção de electricidade, calor e frio. Assim, a partir de um solar térmico, é possível produzir electricidade e ter sistemas de frio solar.
Ver mais em: http://www.trigemed.com

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

MySQL. De dragões a noites (quase) em branco num desafio épico

Ora viva pessoal!
Depois de tanto tentar resistir à tentação de vir bloggar um pouco não tive como negar o chamamento. Ora desta vez vou contar a aventura que foi conseguir por o MySQL a funcionar e depois criar a base de dados. Bem, por onde vou comerçar? Ora deixem cá ver... muito bem, vou começar a partir do momento em que finalmente decidi ir sacar os programas do MySQL da net (por esta altura muitos de vocês devem estar a pensar: só agora?? pois é, só agora!) por volta das 2h da manhã depois de xegar do trabalho. Ora, sacar os programas e instala-los até que não foi muito dificil dado o estado de fome e sonolência extrema em que me encontrava. Bom, com os programas a funcionarem armei-me em Einstein e pus mãos à obra pra fazer a base de dados.. e aqui começaram os problemas! Epá, ninguém me disse que aquilo era tão complicado! (e como acto de contricção peço desculpa a quem de direito por ter faltado a essa aula que agora parece tãããoo importante. já não me recordo mas o motivo de ter faltado deve ter sido mesmo de força maior!) Numa situação de puro desespero o que faço? Google it! Voilá, encontrei um site miraculoso com exactamente o que queria. O engraçado é que com todas as explicações na net e mesmo percebendo o que era explicado não conseguia fazer o raio da base de dados.
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Às 3h da manhã adormeço por cerca de 10mn em frente ao portátil e sonho com uma das minhas cenas favoritas da Lenda de Drizzt em que o grande Drizzt, ao lado de Wulfgar, luta contra o dragão Icingdeath. Foi excelente! É pena que durou pouquíssimo (qdo acordei desta vez não tentei voltar ao sonho!).
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Continuei a tentar manter-me acordado a trabalhar. Às 4h da manhã já com os olhos semi-cerrados a quererem entrar em screensaver e com as mãos geladas, frustado como jamais estive, sacudi o portátil ate ouvir uma reclamação (numa linguagem quase alienígena!) a escapar-se-lhe pelas colunas, um lamento tão sofrido que aposto que se não fossem 4h da manhã, uma lágrima teria percorrido preguiçosamente a minha face. Pedi desculpa ao meu portatil, dei-lhe um beijinho suave de boa noite e desliguei-o. Fui dormir também. Base de dados 1, Carlos 0. Hoje acordei cedo, o mesmo ritual da manhã e segui pra FCT onde bastou ligar o portatil (que ja se encontrava bem mais animado e fresquinho, aparentemente esquecendo a sacudidela da noite anterior, muito provavelmente devido à RAM e a ROM terem sido descarregadas), abrir o MySQL Query Browser e em menos de 30mn fiz a base de dados.
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Ou seja, ontem já tinha gasto o penúltimo dos meus neurónios enquanto o outro passeava livremente provavelmente pelo meu nervo óptico a ver o mundo pelos meus olhos. Hoje voltou ao cantinho dele e ficou tudo pronto. E agora é o próximo passo no trabalho, que curiosamente também não faço ideia de qual possa ser! ok ok, mais uma vez sorry professores. :) Quando tiver mais notícias sobre este épico (de fazer inveja a quem adorou o Gladiador!) eu volto.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Jornais gratuitos e o GreenDay

Já alguma vez acordaram a pensar que aquele seria apenas mais um dia, um dia entre muitos outros, que começa praticamente da mesma maneira que irá acabar: cansados. Cansados porque a noite anterior foi de borga e só dormiram uma maravilhosa 1h ou cansados porque tiveram que começar/acabar na noite anterior um trabalho chato (que já deveria estar feito há mais de 1 mês, mas que curiosamente um dia antes ainda vai ser começado) ou simplesmente cansados porque tiveram de acordar daquele sonho delicioso onde fantasias misturam-se facilmente com os nosso desejos e que por mais que tentassem voltar a fechar os olhos com toda a força do mundo, depois de acordar, com muita pena (e um pouco de baba a vidrar um sorriso abafado) já não deu pra voltar ao sonho.
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Pois é amigos, eu tive um desses dias muito recentemente (e não , não vou dizer qual o meu motivo de acordar cansado!) mas curiosamente quando cheguei à estação de metro fui buscar um jornal dos gratuitos para tornar a viagem até à FCT mais agradável e foi com grande surpresa que encontrei um jornal editado em folhas completamente verdes (mas um verdinho ao mesmo tempo conservador e deliciosamente sexy!) e conforme fui lendo ávidamente cada página percebi que era uma edição especial do jornal Metro dedicado à grande causa ambiental, mais especificamente, um tributo ao Dia Verde. Foi super interessante pegar num jornal pelo qual não paguei um único cêntimo e encontrar centenas de dicas sobre como não gastar tanto o ambiente, um coluna assinada pelo actual Nobel da Paz e entre publicidade (hey, um jornal tem que sobreviver de alguma maneira, certo?) encontrei um artigo sobre a maior central fotovoltaica do mundo cá mesmo em terras lusas, mais precisamente em Serpa! Foi uma experiência simples mas curiosamente extremamente gratificante!
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Nessa mesma noite, antes de voltar pra cama e tentar continuar o tal sonho inacabado, resolvi ver na net mais sobre essa iniciativa do jornal Metro e acreditam que descobri que Portugal esteve em destaque por todo o mundo com o artigo sobre Serpa a ser publicado nos 21 países nos quais circula o jornal? Pois é, a iniciativa era global e para o nosso país era mesmo muito bom!
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Agora imaginem os anos 80 quando tanto se reivindicava o livre acesso à informação e muitos jovens visionários foram penalizados por isso, uns anos depois quando o ambiente assume o papel de prima donna no cenário de preocupações humanas, um jornal gratuito que já está em força em mais de 100 cidades de 21 países, com mais de 8,6 milhões de cópias diárias, teria um papel tão importante na divulgação dos problemas ambientais e de maneiras de intervir.. nem que seja apenas saber que eles existem e estão pra durar..
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É espantoso, não é?

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Poupar 25% nos custos de combustível do seu automóvel

O Núcleo de Estudantes de Engenharia do Ambiente da FCT-UNL (do qual eu orgulhosamente faço parte) participou na semana da mobilidade divulgando-a e distribuindo panfletos à porta da faculdade com concelhos e truques úteis para poupar combustível alterando apenas um pouco a maneira de conduzir. Desta forma, acho útil divulgar também aqui os concelhos dados pelos panfletos elaborados pela Câmara Municipal de Almada e AGENEAL e que permitem reduzir em 25% os custos dos condutores em combustível para o carro:

a) Arranque e Aceleração
- Inicie a marcha logo que ligar o carro. Se o carro vai ficar parado uns minutos, desligue o motor.
- Evite acelerar de forma brusca. No pára-arranca da cidade, arranque suavemente.

b) Marcha

- Em andamento, utilize sempre a mudança mais elevada possível
- Mantenha uma velocidade de circulação constante
- Elimine o peso desnecessário (por cada 10 kg de peso adicional, o consumo aumenta 1%)
- Evite transportar carga no tejadilho. A partir dos 60 km/h, qualquer modificação na aerodinâmica do veículo afectará o consumo de combustível.
- Quando circular a velocidades superiores a 70 km/h, feche as janelas (acima desta velocidade, gasta mais se circular de janelas abertas do que se utilizar o ar condicionado)

c) Desaceleração e Travagem

- Trave gradualmente
- Sempre que possível, opte por travar com o motor antes de recorrer ao travão
- Mantenha uma velocidade constante e uma distância segura em relação ao veículo da frente (retomar a marcha a partir de uma velocidade de 10 km/h consome menos 20% de combustível do que voltar a arrancar se tiver o automóvel parado)

d) Segurança
- Conduza sempre em antecipação, prevendo o que vai acontecer
- Não conduza a velocidades elevadas (aumentam o risco da condução e o consumo do veículo)

e) Manutenção

- Verifique a pressão dos pneus pelo menos uma vez por mês e mantenha a direcção alinhada
- Mantenha o seu automóvel afinado. Efectue a manutenção periódica de acordo com as indicações da marca (um automóvel desafinado, para além de ser menos seguro, pode consumir até 25% mais que um correctamente mantido)


(Imagem: http://www.unpluggedliving.com/wp-content/uploads/2007/06/green-car.jpg)

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Óleos Alimentares Usados

Infelizmente, a maior parte dos resíduos de óleos alimentares usados, têm dois destinos principais: cano de esgoto ou lixo doméstico. Apesar da grande maioria do território português, não dispor de soluções para a eliminação destes resíduos, existem já alguns concelhos que muito avançaram ao imporem várias alternativas para a sua eliminação.
A HPEM - Higiene Pública Empresa Municipal em colaboração com a Agência Municipal de Energia de Sintra desenvolveu o Projecto Biodiesel. O óleo usado é recolhido em 23 pontos de recolha e transportado para uma unidade de fabrico de biodiesel, em Setúbal, a Dieselbase. O biodiesel é posteriormente transportado para o posto de abastecimento de Sintra, onde é misturado com o gasóleo. Tem como vantagens:
- redução de custos (abastecimento da frota municipal de recolha de resíduos , combustível mais barato, tratamento dos esgotos e manutenção das estações de tratamento de águas residuais;
- redução da dependência dos combustíveis fósseis;
- diminuição até 50% da emissão de dióxido de carbono.
Em Oeiras, o projecto Oilprodiesel, financiado pelo Programa LIFE-Ambiente, coordenado pelo ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade e com a participação da Oeinerge - Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeiras colocou vinte “oleões” à disposição dos munícipes, iniciou uma campanha de sensibilização.e incluiu também uma unidade de produção própria de biodiesel.Na freguesia da Ericeira, no concelho de Mafra, também existem "oleões" acessíveis à população.
Se onde mora ainda não existem pontos de recolha de óleos alimentares usados, dirija-se de forma a obter informações à sua câmara municipal ou à empresa de gestão de resíduos sólidos urbanos. Existem casos, em que se pode entregar os óleos alimentares usados em escolas ( com projectos de valorização de óleos alimentares usados) ou em restaurantes aderentes ao sistema voluntário de gestão destes resíduos.
Os seguintes links são um bom modo de obter mais informação sobre este assunto:

- http://www.oeinerge.pt/
- http://www.cm-sintra.pt/Artigo.aspx?ID=4145
- http://ames.linkare.pt//site/home.asp
- http://www.areac.pt/o_que_fazemos.htm
- http://www.inresiduos.pt/portal/page?_pageid=33,180034&_dad=portal&_schema=PORTAL&faqs=56002002767
- http://www.inresiduos.pt/portal/page?_pageid=33,64036&_dad=portal&_schema=PORTAL&docs_residuos=56001911644

domingo, 11 de novembro de 2007

Visita de Auditoria

Na quarta feira passada, na disciplina de Gestão do Ambiente nas Organizações, deslocámo-nos às instalações da Salvador Caetano no Prior Velho de forma a analisar o Sistema de Gestão Ambiental que está a ser implementado de forma a que as instalações obtenham certificado ISO 14001.
O mais interessante da visita foi ser organizada de maneira a que os alunos do curso funcionassem como auditores, isto é, entrevistassem os responsáveis pelo Sistema de Gestão Ambiental e identificassem incumprimentos relativamente à norma, sugerindo posteriormente melhorias à situação actual. Para tal, fomos divididos em grupos que analisariam e avaliariam diferentes pontos da ISO 14001 e sua correcta aplicação no Sistema de Gestão Ambiental.
A experiência tem sido no mínimo instrutiva, e digo tem sido porque o relatório da visita e as propostas de melhoria ainda não estão concluídos e não foram enviados à Salvador Caetano . Esta visita permitiu-nos, melhor que qualquer aula ou conferência, conhecer de perto uma das muitas funções ou profissões que poderemos vir a exercer no futuro e, pessoalmente, deixou-me extremamente motivado para desenvolver as minhas competências profissionais e ansioso por pô-las em prática.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

TopTen

A EDP e a Quercus desenvolveram e implementaram, em Portugal, uma ferramenta de pesquisa on-line – a TopTen (http://www.topten.pt/).
Tem como objectivos:
· orientar o consumidor na escolha dos equipamentos domésticos, colocando a eficiência energética (considera o ciclo de vida dos produtos, bem como os seus impactes na saúde, no ambiente e o nível de qualidade a eles associado) como critério de selecção fundamental para a aquisição de um equipamento ou de outro utilitário;
· demonstrar de que forma os consumos domésticos têm um papel no combate às alterações climáticas, e o que cada consumidor pode fazer para melhorar o seu desempenho ambiental;
· ferramenta de pressão junto dos fabricantes, para incentivar a melhoria contínua dos equipamentos fabricados;
uma ferramenta independente de produtores e distribuidores, baseando-se em testes e análises de instituições imparciais, etiquetas e certificados oficiais (por exemplo, as Directivas Europeias para a eficiência energética dos electrodomésticos e lâmpadas);
· incentivar o desenvolvimento de um critério de aconselhamento ao consumidor na escolha dos equipamentos: o critério da eficiência energética.
O TopTen foi lançado na Suiça em 2000, e muitos outros países europeus se seguiram: Áustria, Holanda, Bélgica, República Checa, Alemanha, Itália, Polónia e Finlândia, Hungria, Espanha, França, Luxemburgo.
O Euro Topten, foi desenvolvido para juntar todos os projectos Topten de todos os países europeus. Para obter mais informações sobre o projecto e conhecer os melhores produtos disponíveis no mercado europeu, aceda a: Topten.info

Ferramentas ambientais interessantes

Existem na internet diversos sites que põem ao nosso dispor diversas ferramentas didacticas bastante úteis para a educação e consciencialização ambientais, nas quais é possível explorar diversos temas actuais. Deixo aqui algumas delas com uma breve descrição do que é possível fazer na ferramenta.

- O Quiz da Pegada Ecológica que coloca 15 questões - tipo de habitação, hábitos de condução, etc - para calcular o consumo de recursos naturais e depois compara o nível de consumo obtido com a média do país. Outra função interessante é que mostra quantos planetas Terra seriam necessários se todas as pessoas consumissem ao mesmo nível obtido.

- A EnergyStar@Home Tool que, através de uma casa virtual interactiva, fornece dicas para melhorar a eficiência energética em cada divisão da casa. (a animação da casa é mesmo muito interessante!)

- O Planet Green Game, um jogo online gratuito no qual as decisões tomadas reflectem-se de um modo directo na prevenção (ou não, claro!) do aquecimento global. É um jogo acima de tudo informativo (pronto pronto, é também bastante divertido!) que encoraja a que sejamos, no nosso quotidiano, parte integrante na solução ao aquecimento global. Este é mesmo um jogo a não perder mesmo que o Halo 3 já esteja à venda, ok?´
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Espero que se divirtam bastante (bem, pelo menos tanto como eu!!) a usar essas ferramentas. Ahh e é claro que quando se fartarem destas podem ser dar um pulo ao Google e procurar por outras!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Atlas do Ambiente

O Instituto do Ambiente disponibiliza online um útil instrumento que permite visualizar vários mapas do país sujeitos a temas ambientais e geográficos como Áreas Protegidas, Precipitação, Bacias Hidrográficas, Concelhos e Temperaturas entre outros!
O Atlas do Ambiente, nome pelo qual é conhecido este instrumento, não só é interessante para os curiosos que queiram saber mais acerca das características da zona do país onde vivem, como também é útil para estudantes e investigadores da área do ambiente e outras que necessitem do conhecimento do país ao nível das suas características ambientais, geográficas e geológicas.
As principais desvantagens do Atlas do Ambiente são a maior parte dos seus dados datarem da década de 80 e 70 e a sua escala ser tão elevada (1:1 000 000).
Os mapas podem ser gravados e analisados mais pormenorizadamente utilizando por exemplo o programa arcgis ou o fgis(freeware).

Site do Atlas do Ambiente: http://www.iambiente.pt/atlas/est/index.jsp

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

AG: Mitos e Factos

Bem, depois de uns dias ausente numa correria frenética (mas isso é uma história que deixo para outro dia..), cá estou eu a escrever.
Reparei nestes últimos dias que, no que diz respeito ao Aquecimento Global, ainda existem muitos mitos (muitos dos quais ainda existentes no seio de muitas pessoas e não apenas estudantes de engenharia como nós) e para que este pequeno espaço virtual possa também servir de caçador de mitos resolvi dar início à edição do AG: Mitos e Factos onde muitos destes mitos serão desfeitos com a apresentação dos factos e onde todos vós, caros leitores (ou cibernautas que não sabendo muito bem porquê, aconteceu virem cá parar), poderão apresentar os vossos próprios mitos e factos. Sempre que surgir um novo enviem-nos por mail que teremos todo o gosto em edita-lo aqui.
Ora para dar o exemplo, lanço o primeiro.
Mito: O aquecimento global e o CO2 em excesso serão benéficos uma vez que reduzem as mortes relacionadas com o frio e aumentam o crescimento das plantações.
Facto: Mesmo uma subida de temperatura abaixo das projecções científicas teria impactes devastadores em diversos sectores da economia. A subida do nível do mar provocaria a inundação de comunidades costeiras, a contaminação das interiores com sal afectando globalmente dezenas de milhões de pessoas. Para além de que os fenómenos climáticos extremos incluindo ondas de calor, secas, inundações preveêm-se com frequências e intensidades mais elevadas, consequentemente causando maiores perdas de vida, pobreza e colapso da agricultura. O aumento da temperatura causa potencialmente também maiores níveis de ozono regional (smog) que pode aumentar as doenças respiratórias e daí o número de mortes. Relativamente ao CO2, ainda que níveis mais elevados de CO2 possam actuar como fertilizante de plantas em certas condições, cientistas afirmam que este efeito pode ser diferente uma vez que na natureza o efeito "fertilizante" do CO2 diminui à medida que as plantas de adaptam às condições, para além de que as ervas daninhas podem ser mais beneficiadas do que as espécies desejadas. Um outro facto é que o CO2 já causou a acidificação dos oceanos pelo que pode potencialmente por em risco a vida marinha e as pescas.
Mito desfeito.

domingo, 4 de novembro de 2007

Chegados à fase Pós-Kioto qual será o esquema que deve ser implementado?

Na cadeira de Instrumentos Globais em Energia e Ambiente tivemos de realizar um workshop em que cada grupo representou uma região do planeta (Europa, China+Índia, África, USA+Canadá+Austrália, Latina América, Médio Oriente, Pequenas Ilhas e população do Árctico e Rússia) considerando os indicadores económicos característicos da região.
A alteração do clima é uma preocupação cada vez mais acentuada a nível global, uma vez que traz consequências graves a nível do desenvolvimento social e económico, dos recursos naturais, e da saúde humana.
O meu grupo representou a América Latina. Esta é uma região com elevado potencial de desenvolvimento repleta de recursos naturais essenciais para um desenvolvimento sustentável, do qual não pretendemos abdicar e sabemos ser viável. Esse desenvolvimento passa pela implementação de políticas de eficiência energética e uso preferencial de energias renováveis. Presentemente, a contribuição para as emissões de GEE globais da América Latina é baixa, certa de 4.3%. No entanto, potenciais impactos futuros da alteração do clima e do solo podem ser significativos (grandes e custosos) para esta região. Mais, a libertação de carbono na atmosfera como consequência da desflorestação massiva e continuada na América Latina terá o potencial de alterar o balanço do carbono global. Por outro lado, alguns estudos sugerem que medidas de adaptação tecnologicamente simples podem melhorar a capacidade de sequestro do carbono, como a produtividade económica nalguns ecossistemas. Esta região está a ser fortemente afectada pelo processo de alterações climáticas para as quais não temos uma contribuição significativa.
Chegados à fase Pós-Kioto, o que pudemos salientar de termos aprendido, é que é possível, através de medidas e estratégias adequadas, fazer face às Alterações Climáticas, actuando tanto a nível de adaptação, como de mitigação, sem que tal leve ao colapso das economias. No entanto, para que este novo processo pós-2013, seja bem sucedido, algo que acreditamos ser possível, é imperativo que as linhas e estratégias a seguir sejam delineadas a um nível global, dado que é também a um nível global que as alterações se fazem sentir. Não nos podemos esquecer no entanto, que na definição destas políticas e estratégias, é imperativo ter em atenção os diferentes contributos dos vários países, que originarão obviamente metas e medidas diferenciadas, mas de forma a que façam sentido globalmente.
O esquema dos “Global Climate Certificate” (CC´s), incluindo os complementos, por nós propostos, tem as seguintes obrigações:
- O país comprador de CC´s terá de pagar directamente 50% desses CC´s ao país vendedor. Este dinheiro será gerido pelo próprio país vendedor que se direcciona à implementação de projectos de desenvolvimento sustentável (saneamento, produção de biocombustíveis, produção de energia (eólica, hídrica e outras renováveis), etc);
- MDL - Os restantes 50% dos CC´s são obrigatoriamente aplicados no país vendedor sob a forma de implementação de desenvolvimento sustentável. Nestes projectos, o país comprador de CC´s, terá que ter nos seus quadros administrativos 25% de trabalhadores do país vendedor (oportunidade de emprego, formação) e ainda 10% dos seus lucros terão que ser dados ao país vendedor (oportunidade de investimento do país vendedor em projectos de desenvolvimento e projectos de redução/mitigação da pobreza). Estes projectos levarão a uma redução das emissões de CO2 e é essa redução que será contabilizada nas emissões totais efectuadas pelos pais comprador/investidor (diminui o número de CC´s que poderá ter de pagar num futuro próximo). Por outro lado, apenas 1/3 das áreas agrícolas poderá ser usado em produção de biocombustíveis, sendo os restantes 2/3 para produção alimentar (evita a sobre-exploração do recurso). Esta proposta do país comprador também desenvolver projectos no país vendedor e não ser somente o país vendedor a desenvolver os seus projectos, deve-se ao facto de certos países, como alguns da América Latina, não terem Know How suficiente com formação em tecnologias essencialmente modernas e bem mais eficientes.
- No entanto, com o tempo, os países vendedores de CC´s, poderão ter a oportunidade de pôr de parte alguns CC´s, ou seja não vendendo, indo só a outra parte para ser aplicado na primeira e segunda obrigação acima referido. Esses CC´s postos de parte poderão ser gastos em projectos já existentes e até na implementação de outras. Isto levará à possibilidade dos países vendedores se tornarem cada vez mais auto-suficientes.
- É determinante ainda um instrumento para preservação das florestas que se pode viabilizar através de uma taxa adicional (30% do valor dos CC´s comprados). Esses 30% são atribuídos a uma entidade internacional e neutra que fará periodicamente estudos relacionados com as áreas florestais existentes e potenciais a nível global merecedoras desse investimento.
- Para ajudar as populações afectadas pelas alterações climáticas, a entidade anterior referida irá receber também uma contribuição de uma taxa de cada país do Mundo. Esta taxa basear-se-á na intensidade energética. O peso que cada país terá na intensidade energética a nível global corresponderá ao valor da taxa a pagar. Desta forma, países que têm uma intensidade energética elevada, como por exemplo a China, terão uma responsabilidade e custos maiores. Esta obrigação fará que países como a China que não eram penalizados segundo o esquema dos CC´s, passem a ser penalizados, a terem um custo associado às suas emissões e a terem a iniciativa de aumentarem a sua eficiência energética (diminuindo a intensidade energética, logo as suas emissões).

sábado, 3 de novembro de 2007

Guias de Boas Práticas para o Sector Automóvel

Nos dias de hoje, uma empresa do sector automóvel deve ter em conta o ambiente como elemento-chave da sua gestão. Para isso é importante que implemente um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) de acordo com a norma NP EN ISO 14001:2004. São realizadas, posteriormente, auditorias ao SGA segundo as linhas de orientação da Norma NP EN ISO 19011:2003, com o objectivo de determinar a conformidade do SGA da empresa com os requisitos da Norma NP EN ISO 1001:2004. O seguinte link é interessante em termos de fornecer vários guias de boas práticas para o sector automóvel quer seja produção, retalho ou serviços:
http://www.ccar-greenlink.org/cshops/

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Feriado em Novembro

Neste feriado de 1 de Novembro nada como um passeio por Setúbal com a namorada. Visitar a baixa da cidade e esperar a vez para comer o típico choco frito na esplanada do restaurante. Comer um gelado que sabe tão bem e visitar a estátua do grande poeta Bocage no centro da praça. Cruzar a Arrábida e passear na praia do portinho.
Grande erro? Talvez há uns anos atrás...
Hoje o único erro foi ter levado uma camisola de manga comprida e esquecer-me dos óculos escuros em casa...
Sinceramente... e mesmo para quem considera as provas científicas vôdoo...
Quem é que ainda duvida do aquecimento global neste pequeno país à beira do Atlântico?...