Tínhamos marcado para a aula de economia ecológica de hoje um jogo de estratégia económica cujo objectivo era fazer dinheiro da exploração dos recursos marinhos do oceano e costa de um país.
Descrevendo muito resumidamente o jogo, a turma estava dividida em 4 equipas cada uma das quais possuía inicialmente 6 barcos e algum capital... Ganhava a que mais dinheiro e bens (barcos) possuísse no final da partida. O jogo ficou praticamente decidido na primeira jogada quando a equipa 2 comprou em leilão organizado pela banca (professores) 3 barcos de pesca para complementar a sua frota, devido também e infelizmente à hesitação da minha equipa em participar no leilão por ainda não estarmos inteiramente seguros das regras do jogo e de não termos a certeza do capital que seria necessário para a manutenção das embarcações...
Nas rondas seguintes, todas as equipas adoptaram estratégias semelhantes em que gradualmente desenvolviam as suas frotas (comprando barcos à banca, que ficavam aptos na ronda seguinte, ou a outros jogadores, que ficavam imediatamente aptos) e exploravam a pesca em mar alto onde era mais rentável.
A tempo porém, e possuindo já uma frota de 20 barcos, a minha equipa apercebeu-se de que a rentabilidade da pesca em mar alto não poderia durar muito mais, e como não podíamos organizar um projecto de estudo das população de peixe no mar alto, resolvemos reduzir a frota (vendendo 3 barcos com um lucro razoável a uma equipa concorrente) e deslocar esforços para a menos lucrativa pesca na costa.
Os resultados foram os que suspeitávamos... os poucos barcos que tínhamos mandado para o mar alto regressaram com pouca pesca e os que enviámos para águas costeiras ainda renderam consideravelmente. Infelizmente na jogada seguinte já ninguém queria comprar barcos e os recursos da costa também decresceram razoavelmente.
No fim do jogo, apenas restaram 6 peixes no mar alto e pouco mais de 200 na costa estando grande parte dos barcos de todas as equipas a regressar com muito poucos peixes a terra.
A victória pertenceu ao grupo 2 de maneira justa pela coragem demonstrada ao fazerem o elevado investimento inicial, ficando nós a ocupar o 2º lugar também com um capital acumulado mais que razoável devido principalmente a uma boa leitura dos sinais e sentido de oportunidade.
Moral da história:
Depois desta pesca intensiva sobrava aos nossos navios restantes ficarem a apanhar ferrugem nos portos devido a já não existir peixe no mar e ninguém nos os querer comprar.
Para além disso, há que considerar o jeito que não teria feito um estudo da variação das populações de peixes no mar alto e na costa de forma a não sobre explorar o recurso e não ficar com TANTOS barcos a ganhar ferrugem... (entre 17 e 26 barcos por equipa)
As preocupações ambientais compensam ;)
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