Como nota introdutória e para os mais esquecidos, é hoje assinado em Lisboa a declaração política que é, na sua essência o primeiro passo do comércio de emissões. Também para os mais esquecidos, o comércio de emissões visa, numa visão o mais simplista possível, permitir um cumprimento mais eficiente das metas impostas pelo Protocolo de Quioto, incidindo sobre a indústria de cada país, de modo a uniformizar os vários mercados de carbono e criar um mercado global, uma iniciativa denominada International Carbon Action Partnership (ICAP).
É com alguma estranheza que se vê entre os assinantes da declaração três estados americanos (Nova Iorque, Nova Jersey e Califórnia) que pretendem também compatibilizar os seus mercados de carbono apesar de, segundo declarações não tão distantes quanto isso, George Bush ter mostrado que não quer ter nada a ver com o Protocolo, reafirmando a sua negação. Que surpresa, hein? Põe-se a questão: serão estes ventos de mudança?.. Veremos.
Paralelamente a esse momento de estranheza, ainda há tempo para ouvir alguem da Quercus de novo a afirmar que "Portugal tem de ser mais activo em termos de medidas de redução de emissões", no mesmo dia em que os dados preliminares do projecto MISP divulgados apontam para que a partir de 2010 as emissões de gee's deixarão de aumentar, passando-se a partir daí a uma fase de redução até 2070.
Apenas para curiosidade, para conseguirmos atingir as metas de Quioto e evitar o não cumprimento do estabelecido pelo PNAC06 temos que reduzir as emissões para menos de cerca de 30% entre 2008 e 2012! Por isso mãos à obra o quanto antes.
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