terça-feira, 30 de outubro de 2007

Jornadas Europeias do Desenvolvimento (European Development Days)

De dia 7 a 9 de Novembro, irá ocorrer em Lisboa, a segunda edição das Jornadas Europeias do Desenvolvimento (European Development Days). É uma iniciativa da Comissão Europeia, dedicada este ano a um dos maiores problemas a nível mundial: Alterações Climáticas. Irá ter como principais objectivos:
Ø desenvolver perspectivas europeias relacionadas com o desenvolvimento;
Ø informar a opinião pública;
Ø oportunidade para proceder à assinatura de acordos significativos para a lusofonia, tais como a assinatura de um acordo entre a Comissão Europeia e o grupo Palop e a do memorando entre a UE e a CPLP( Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa).
O dia 8 será aberto ao público e a Aldeia do Desenvolvimento, que funcionará na Feira Industrial Portuguesa no Parque das Nações, terá 50 stands de diferentes instituições e agências europeias ligadas às alterações climáticas e ao desenvolvimento.
Informe-se sobre esta problemática que afecta todos nós, participando em eventos como este. Para ver o programa e fazer a inscrição nas Jornadas Europeias do Desenvolvimento acede a: http://www.eudevdays.eu

Emissões e política.

Como nota introdutória e para os mais esquecidos, é hoje assinado em Lisboa a declaração política que é, na sua essência o primeiro passo do comércio de emissões. Também para os mais esquecidos, o comércio de emissões visa, numa visão o mais simplista possível, permitir um cumprimento mais eficiente das metas impostas pelo Protocolo de Quioto, incidindo sobre a indústria de cada país, de modo a uniformizar os vários mercados de carbono e criar um mercado global, uma iniciativa denominada International Carbon Action Partnership (ICAP).
É com alguma estranheza que se vê entre os assinantes da declaração três estados americanos (Nova Iorque, Nova Jersey e Califórnia) que pretendem também compatibilizar os seus mercados de carbono apesar de, segundo declarações não tão distantes quanto isso, George Bush ter mostrado que não quer ter nada a ver com o Protocolo, reafirmando a sua negação. Que surpresa, hein? Põe-se a questão: serão estes ventos de mudança?.. Veremos.
Paralelamente a esse momento de estranheza, ainda há tempo para ouvir alguem da Quercus de novo a afirmar que "Portugal tem de ser mais activo em termos de medidas de redução de emissões", no mesmo dia em que os dados preliminares do projecto MISP divulgados apontam para que a partir de 2010 as emissões de gee's deixarão de aumentar, passando-se a partir daí a uma fase de redução até 2070.
Apenas para curiosidade, para conseguirmos atingir as metas de Quioto e evitar o não cumprimento do estabelecido pelo PNAC06 temos que reduzir as emissões para menos de cerca de 30% entre 2008 e 2012! Por isso mãos à obra o quanto antes.

sábado, 27 de outubro de 2007

Triple Bottom Line

Recentemente, foi-nos pedido um trabalho para a disciplina de GAO (Gestão do Ambiente nas Organizações) em que tinhamos de escolher por entre vários temas relacionados com a gestão ambiental nas organizações.
O tema que me pareceu mais interessante e que escolhi para o meu trabalho chama-se Triple Bottom Line*.
Porque é que me pareceu interessante? O Triple Bottom Line é uma forma de gerir uma empresa que coloca ao mesmo nível de importância para a empresa o lucro, o ambiente e a responsabilidade social...
Tal ideia não me pareceu nada realista. Para além do facto de que quem cria uma empresa tem o objectivo base de fazer dinheiro, salvo possíveis e raras excepções de alguém muito altruísta, quantas vezes associamos às mais diversas empresas a exploração não só das sociedades e pessoas dos países menos desenvolvidos como também dos seus próprios trabalhadores no nosso país. Ainda mais frequente é ver empresas e ambientalistas a guerrearem-se porque nem a legislação ambiental base é cumprida pelas primeiras, quanto mais um sentido de responsabilidade e preocupação ambiental genuíno.
Basicamente foi a esperança que me levou a pesquisar mais acerca do tema e descobri que, apesar de tudo, as empresas mais ricas e bem sucedidas parecem adoptar algumas medidas que demonstram preocupação ambiental e social. Claro que as vantagens disso para o negócio são significativas: os consumidores associam as boas práticas da empresa aos seus produtos tornando-os mais competitivos, a lealdade dos trabalhadores para com a empresa aumenta tornando-se mais produtivos, os eventuais futuros trabalhadores podem pedir menos de salário aquando da contratação, a empresa torna-se mais eficiente e poupa ou no seu consumo energético, ou no tratamento dos seus resíduos ou mesmo na produção, evitam-se confrontos com ONGs ambientalistas e outras relacionadas com direitos sociais, etc...
Muito resumidamente, com um aumento da consciencialização da sociedade e da sua exigência e valorização das práticas ambientais e sociais das empresas, torna-se cada vez mais vantajoso para estas demonstrarem preocupação nesses campos. O Triple Bottom Line torna-se assim uma estratégia bem mais realista do que podia parecer à primeira vista. Infelizmente, os cépticos, quanto ao papel do Triple Bottom Line no desenvolvimento económico das empresas, ainda são muitos e empresas não faltam que ainda preferem poupar nas questões ambientais e direitos sociais de modo a lucrarem o máximo no mais curto espaço de tempo.
Cabe-nos a todos como consumidores, trabalhadores, ambientalistas, engenheiros do ambiente e empresários que acreditam no equilíbrio entre as três dimensões, mostrar a essas empresas que a exploração irresponsável e inconsciente não é uma alternativa viável.

*O termo Triple Bottom Line, é atribuído a John Elkington, co-fundador e secretário da empresa de consultoria sobre sustentabilidade nas empresas SustainAbility

Degelo Glaciar

Nos tempos de hoje, as alterações climáticas, essencialmente devidas ao aumento da emissão de gases de efeito de estufa, são o centro das discussões entre os diversos países, pois é o problema mais comum entre eles.
Só a Antártida e a Gronelândia constituem 98% da água congelada do planeta, e por isso, o aumento do aquecimento global acarretará trágicas consequências para a Terra e para o Homem, na medida que o aumento da temperatura dos oceanos está continuamente a derreter o gelo glaciar. Isto levará ao aumento do nível do mar em larga escala, e consequentemente, à invasão das zonas costeiras, ao abandono de populações e, até mesmo à extinção de países e de espécies.
Em alguns lugares os efeitos já estão a ser sentidos. Na ilha Tuvalu, que fica no Sul do Oceano Pacífico, o problema maior é a elevação do nível do mar, inundando as áreas mais baixas, com a água salgada contaminando a água potável e a agricultura. Na Holanda, onde boa parte do território costeiro do país foi construída através de diques no mar do Norte, há muita preocupação com a subida das águas. Veneza é outro caso preocupante.
Para quem quer saber mais sobre estas e outras questões não perca a repetição de um excelente documentário (“Planeta Ciência: Degelo Glaciar”) que será emitido novamente pelo canal Odisseia, pelas 9h e pelas 14h.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Aquecimento pode causar extinção massiva

Um estudo, publicado na revista científica Proceedings of The Royal Society, diz que as temperaturas actuais estariam dentro da mesma faixa das registradas em outras fases quentes da história da Terra, em que até 95% das plantas e animais teriam morrido.

Assustador, não é?

É certo que estes estudos podem ser feitos com base em premissas erradas mas é um facto inegável que o calor e a humidade podem ser letais. Quando tanto se fala do Al Gore e das suas verdades inconvenientes/bastante convenientes (sabe-se lá pra quem..) este é mais um dado a preencher o já bastante preenchido espaço do nosso quotidiano de catástrofes ambientais.. o Armaggedon diriam alguns.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Aula de MIPD (Métodos Interactivos de Participação e Decisão)

A grande questão da aula de hoje apresentada pela professora Lia Vasconcelos:
Imaginem que chegam a casa cansados do dia de trabalho e encontram os vossos dois filhos a discutir porque ambos querem uma laranja e, infelizmente, só há uma...
O que fazem?
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Resposta:
Perguntem a cada um para que quer a laranja...
Um quer a laranja para comer, o outro quer a casca para fazer um bolo...

Lição:
Por vezes, reunindo todas as partes e discutindo o problema, chegamos à conclusão que existem soluções por ventura simples que satisfazem toda a gente... antes de procurar uma solução , certifiquem-se de que conhecem realmente o problema!
Pelo menos é isso que nós em engenharia do ambiente tentamos fazer! Pena não serem todos tão simples como o da laranja! :p

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

sábado, 20 de outubro de 2007

Qualidade do Ar em Portugal

Hoje em dia, quem vive essencialmente em cidades, é afectado directamente ou indirectamente por diversos poluentes atmosféricos ( ozono, partículas, etc). Deste modo, o Instituto do Ambiente, desenvolveu uma base de dados on-line sobre a qualidade do ar que nos dá uma informação quer instantânea como previsões para esse mesmo dia e dia seguinte da qualidade do ar em Portugal. Este projecto foi desenvolvido pela nossa magnífica universidade ( Universidade Nova de Lisboa). Aceda a esta informação através de: http://www.qualar.org/

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Mais barco menos barco...

Tínhamos marcado para a aula de economia ecológica de hoje um jogo de estratégia económica cujo objectivo era fazer dinheiro da exploração dos recursos marinhos do oceano e costa de um país.
Descrevendo muito resumidamente o jogo, a turma estava dividida em 4 equipas cada uma das quais possuía inicialmente 6 barcos e algum capital... Ganhava a que mais dinheiro e bens (barcos) possuísse no final da partida. O jogo ficou praticamente decidido na primeira jogada quando a equipa 2 comprou em leilão organizado pela banca (professores) 3 barcos de pesca para complementar a sua frota, devido também e infelizmente à hesitação da minha equipa em participar no leilão por ainda não estarmos inteiramente seguros das regras do jogo e de não termos a certeza do capital que seria necessário para a manutenção das embarcações...
Nas rondas seguintes, todas as equipas adoptaram estratégias semelhantes em que gradualmente desenvolviam as suas frotas (comprando barcos à banca, que ficavam aptos na ronda seguinte, ou a outros jogadores, que ficavam imediatamente aptos) e exploravam a pesca em mar alto onde era mais rentável.
A tempo porém, e possuindo já uma frota de 20 barcos, a minha equipa apercebeu-se de que a rentabilidade da pesca em mar alto não poderia durar muito mais, e como não podíamos organizar um projecto de estudo das população de peixe no mar alto, resolvemos reduzir a frota (vendendo 3 barcos com um lucro razoável a uma equipa concorrente) e deslocar esforços para a menos lucrativa pesca na costa.
Os resultados foram os que suspeitávamos... os poucos barcos que tínhamos mandado para o mar alto regressaram com pouca pesca e os que enviámos para águas costeiras ainda renderam consideravelmente. Infelizmente na jogada seguinte já ninguém queria comprar barcos e os recursos da costa também decresceram razoavelmente.
No fim do jogo, apenas restaram 6 peixes no mar alto e pouco mais de 200 na costa estando grande parte dos barcos de todas as equipas a regressar com muito poucos peixes a terra.
A victória pertenceu ao grupo 2 de maneira justa pela coragem demonstrada ao fazerem o elevado investimento inicial, ficando nós a ocupar o 2º lugar também com um capital acumulado mais que razoável devido principalmente a uma boa leitura dos sinais e sentido de oportunidade.
Moral da história:
Depois desta pesca intensiva sobrava aos nossos navios restantes ficarem a apanhar ferrugem nos portos devido a já não existir peixe no mar e ninguém nos os querer comprar.
Para além disso, há que considerar o jeito que não teria feito um estudo da variação das populações de peixes no mar alto e na costa de forma a não sobre explorar o recurso e não ficar com TANTOS barcos a ganhar ferrugem... (entre 17 e 26 barcos por equipa)

As preocupações ambientais compensam ;)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Calcule a sua Pegada Ecológica

A pegada ecológica consiste na estimativa de hectares necessários à produção dos recursos que precisamos para manter o nosso estilo de vida, ou seja avalia o impacto de cada um de nós no planeta.
Para calcular a sua pegada ecológica, aceda a :
http://ecofoot.org/

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Preocupação com o ambiente.. De ricos ou de pobres?

Será a preocupação com o ambiente um luxo dos países "desenvolvidos"?
Não diria tanto.
Sendo que são, em última análise, os recursos naturais e fabricados que fornecem os pilares para um desenvolvimento económico e social, a ideia de luxo está longe de poder ser aplicada. No entanto, não posso negar que infelizmente a consciência da natureza finita de tudo o que é natural está longe de fazer parte do quotidiano civil ou pior ainda da política "fazedora de dinheiro" que ainda reina em muitos países tanto em desenvolvimento como desenvolvidos. O cerne da questão é que é em vários países em desenvolvimento que ainda existem muitos tesouros naturais e se nesses países continuamente faz-se mais dinheiro estrangulando inadvertidamente a natureza e consequentemente o ambiente, o dano da inexistência de consciência (e já nem digo ambiental, que seja pelo menos consciência do erro que se pratica) é ainda maior. É essencial que os países desenvolvidos realmente mostrem esse desenvolvimento e ponham em prática o que já sabem ser melhor (vejamos o caso do norte europeu) e que os países em desenvolvimento entendam que a acção de hoje terá resultados amanhã. Fazer dinheiro rápido não é tudo (é muito bom de facto, mas não é tudo!).

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Bem Vindo Cibernauta

Este é um blog de estudantes dos últimos anos de Engenharia do Ambiente na Universidade Nova de Lisboa onde vamos falar dos nossos trabalhos, actividades, de alguns temas de ambiente actuais e como podemos todos contribuir para melhorar o nosso ambiente!
Este blog será uma experiência interessante certamente...
Só resta saber se temos paciência para actualizar isto com a regularidade pretendida pelos professores e ganhar um estagiozito :x
Boas leituras!